A extrema importância da nutrição na gravidez – parte II
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A informação contida nesta página é apenas para fins informativos. Apesar dos esforços que são feitos para garantir a qualidade da informação, esta não deve ser usada para diagnóstico ou para orientar tratamentos sem a opinião de um profissional de saúde.

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A extrema importância da nutrição na gravidez – parte II

Os nutrientes na gravidez:

Pudemos perceber no texto anterior (parte I) que o crescimento de cada feto depende em absoluto da mãe e da forma como esta se alimenta. A nutrição da mãe influencia sem sombra de dúvida a saúde do futuro ser, não só enquanto criança, mas também, mais tarde, na sua vida adulta.

Por este motivo organizei alguns textos que irão complementar o artigo sobre a nutrição na gravidez – parte I (Os primeiros 1000 dias de vida), onde irei focar a importância de determinados nutrientes na gravidez e de que forma os futuros pais podem organizar a sua alimentação, com o objetivo de oferecer ao seu filho o melhor ambiente para crescer saudável.

O Iodo

bebe-a-mamarAs grávidas e as mulheres a amamentar são um grupo de risco para a carência de iodo, uma vez que as necessidades deste mineral estão aumentadas nesta fase, e pelo facto de ser difícil através da alimentação assegurar o consumo das doses adequadas de iodo.
Um estudo realizado pelo Grupo de Estudos da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, em 2010, concluiu que as grávidas portuguesas apresentam níveis deficientes de iodo. O estudo refere que apenas cerca de 17% das grávidas tinha valores considerados adequados. Esta deficiência pode trazer graves consequências para a saúde do feto, por isso, dedicar alguma atenção a este nutriente, normalmente esquecido, pode ser decisivo, em especial para a saúde mental do bebé.
Por este facto, a Direção Geral de Saúde divulgou a seguinte Orientação Clínica:

“As mulheres em preconceção, grávidas ou a amamentar devem receber um suplemento diário de iodo sob a forma de iodeto de potássio – 150 a 200 μg/dia, desde o período preconcecional, durante toda a gravidez e enquanto durar o aleitamento materno exclusivo, pelo que deverá ser prescrito o medicamento com a substância ativa de iodeto de potássio na dose devidamente ajustada;”.

Também a Organização Mundial de Saúde e a International Council for the Control of Iodine Deficiency Disorders recomendam a suplementação deste mineral nesta fase da vida.

Função do iodo

O iodo é um mineral essencial à vida, ele é fundamental para o correto funcionamento da tiróide, da qual depende a regulação do crescimento e desenvolvimento dos órgãos, em especial o cérebro.
Entre as muitas funções da tiróide, ela é fundamental no metabolismo, tendo influência no peso corporal, no crescimento das crianças, é essencial no desenvolvimento neurológico, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na memória, concentração, no bom estado da pele e no metabolismo do cálcio. E não deve por isso ser esquecido em todas as fases da vida.

Fontes

Obtido a partir de fontes alimentares, a sua concentração nos alimentos depende de diversos fatores e pode ser muito variável, dependendo por exemplo, da distância a que estão do mar, os solos onde são cultivados os produtos alimentares.
kelpPodemos encontrar iodo em diversos alimentos, como o peixe, as algas, produtos hortícolas, laticínios, mas, como já foi referido, as suas concentrações são muito variáveis e podem por isso não ser fontes confiáveis.
Entre os alimentos com maiores concentrações de iodo, temos as algas. Em alguns países adotou-se a prática, implementada pelos governos, de adicionar iodo ao sal de cozinha, tornando-se este uma fonte de obtenção de iodo. O que se pretende não é que a população passe a consumir sal como forma de garantir os aportes de iodo, mas sim, adicioná-lo a um alimento que é consumido de forma geral pela maioria. Prevalece a ideia de que o consumo excessivo de sal é prejudicial.
Em Portugal, embora não seja uma questão instituída oficialmente, já encontramos sal de cozinha iodado

Carência de iodo

A deficiência de iodo pode trazer danos à saúde do bebé e influenciar também a sua vida adulta. Se o consumo de iodo for insuficiente, a tiróide funciona de forma inadequada e pode originar diversos problemas, essencialmente problemas no desenvolvimento cognitivo e/ou comportamental da criança, e na sua forma extrema cretinismo (atraso mental grave).

Necessidades

As necessidades de iodo variam ao longo da vida, estando aumentadas nas grávidas e lactantes, sendo de 250 μg/dia. Uma mulher adulta que não está grávida ou a amamentar necessita de 150 μg/dia.
Em adultos a ingestão de iodo a partir de 1100 μg/dia pode ser prejudicial.

Conclusões

Durante a gravidez, a prática de suplementar algumas vitaminas e/ou minerais, é comum, em especial para o ácido fólico e o ferro, no entanto a suplementação de iodo não é ainda frequente, apesar de essencial.
Sabe-se que este mineral é fundamental para que o feto se desenvolva de forma saudável e a sua deficiência pode trazer graves consequências para o desenvolvimento mental da criança. Como as fontes alimentares não asseguram as necessidades diárias durante a gravidez, a suplementação é a forma inteligente de o conseguir e propiciar o correto desenvolvimento cerebral do bebé.
Não deve no entanto descurar o iodo na alimentação, mesmo que faça suplementação. Deve fazer uma alimentação variada e procurar produtos frescos diariamente.



Inserido em: 2014-06-09 Última actualização: 2015-04-07

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Nutrientes Essenciais
Autores > Cláudia Maranhoto