A potente Vitamina D – interesse renovado
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A informação contida nesta página é apenas para fins informativos. Apesar dos esforços que são feitos para garantir a qualidade da informação, esta não deve ser usada para diagnóstico ou para orientar tratamentos sem a opinião de um profissional de saúde.

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A potente Vitamina D – interesse renovado

Desde há muitas décadas que se conhece a importância da vitamina D na saúde óssea e na prevenção da osteoporose, em parceria com o cálcio. No entanto na última década a ciência tem-se “debruçado” bastante sobre esta vitamina, por motivos relacionados com outras funções comprovadas sobre diversas doenças, como o cancro, diabetes, doenças autoimunes, doenças cardiovasculares, psiquiátricas, envelhecimento, etc.

A vitamina que é hormona

Desde 1925 que esta vitamina está associada à prevenção do raquitismo e ao sol. Sabe-se que 90% da vitamina D pode ser produzida pelo nosso corpo através da radiação do sol na pele. Também designada de calciferol, é um composto lipossolúvel, que não está completamente de acordo com a definição clássica de vitamina, porque pode ser produzida pelo corpo, no entanto dada a influência de diversos fatores na sua produção, é considerada um nutriente essencial na dieta. Pela sua ampla ação no organismo e porque dependemos também da sua produção endógena, os investigadores propõem uma reclassificação do calciferol, devendo ser entendido como uma hormona.

Funções

Este renovado interesse na vitamina D surge devido à tendência para o agravamento da deficiência mundial de vitamina D, considerada um problema de saúde pública que afeta muitos milhões de pessoas em todo o mundo, sendo já apelidada de pandemia. A vitamina D assume um papel essencial no metabolismo cálcio–fósforo, sendo uma das hormonas responsáveis pela absorção do cálcio no intestino e pela sua reabsorção óssea. Mas a sua importância não fica por aqui, ela tem influência na função muscular e no equilíbrio. Níveis baixos de vitamina D estão fortemente associados ao aumento da incidência de cancro, em especial o da mama, cólon e próstata, doença cardiovascular, esclerose múltipla, artrite reumatoide, depressão, diabetes tipo II. Esta hormona em quantidades ideais aumenta os níveis de energia, melhora a força e coordenação muscular em idosos, melhora o desempenho desportivo, diminui o envelhecimento, aumenta a esperança de vida, melhora a depressão, etc. O Dr. Michel Holick investigador há décadas sobre as funções da vitamina D e com vários prémios atribuídos pelas suas investigações, refere mais de duzentas funções associadas a esta hormona. Estas descobertas têm vindo a reforçar a importância de manter valores adequados desta substância no organismo, o que se tem revelado muito difícil.

Obtenção da vitamina D

Durante muito tempo se pensou que uma alimentação com boas fontes de vitamina D e boa exposição solar seriam suficientes para garantir as doses necessárias desta vitamina, no entanto o elevado número de pessoas com deficiência fez repensar esta questão. Sabe-se que as fontes alimentares de vitamina D são insuficientes para garantir um aporte adequado, sendo elas óleos de fígado de peixe, peixes gordos, crustáceos, ovos, alguns alimentos enriquecidos, como cereais. No que respeita à exposição solar, os protetores solares são um dos fatores que impede a produção de vitamina D, uma vez que impossibilitam a passagem dos raios UVB, diminuindo em 95% a síntese, para um fator de proteção de 15. Apesar disto, é importante o uso de protetor solar nas horas de maior intensidade solar, a fim de evitar os efeitos nefastos dos raios UV. Ainda neste âmbito, a latitude da zona geográfica, tipo de pele (peles mais escuras necessitam de mais sol para produzir vitamina D), estação do ano, hora do dia, poluição, condições atmosféricas, obesidade e idade são também fatores dos quais depende a síntese cutânea. Problemas renais e hepáticos, bem com alguns medicamentos (laxantes, corticoesteróides, anticonvulsivos) influenciam o metabolismo da vitamina. Não existe ainda consenso relativamente ao tempo de exposição solar necessária para produção suficiente de vitamina D, mas as recomendações vão no sentido de 15 a 20 minutos diários, com pelo menos 40% de exposição sem protetor solar. A grande questão é, não podendo controlar todos os fatores que afetam a produção da vitamina, como poderemos garantir aportes de vitamina suficientes? Através de suplementação.

vitamina-dA suplementação

A quantificação laboratorial da vitamina é a melhor forma de verificar se temos valores adequados da mesma. A recomendação mínima de valores no sangue, para um indivíduo saudável é de 30ng/ml (nanograma por militro). No entanto a Sociedade Americana de Endocrinologia elevou os valores para 50ng/ml, havendo ainda referências a valores como 90ng/ml, uma vez que os referidos 50ng/ml dizem respeito apenas à prevenção da osteoporose, não tendo em consideração as diversas funções e influências da vitamina na proteção da saúde. É muito difícil, como já referido, conseguir valores adequados da vitamina, pelo que a suplementação se torna essencial, em especial para os grupos de risco (população com osteoporose, pessoas que não apanham sol diariamente ou usam sempre protetor solar, idosos acima dos 65 anos, indivíduos de pele escura, crianças, em especial as que são amamentadas, grávidas) e para a população em geral se não consegue garantir a produção e consumo necessários.

A Declaração Portuguesa da Vitamina D refere que atualmente são recomendadas por orientações internacionais, para a população com osteoporose e em risco de fraturas, suplementos isolados de vitamina D3 na dose de 700 – 800 UI diárias (Unidades Internacionais). Michael Holick é defensor da suplementação para toda a população na ordem das 1000 UI diárias em simultâneo com dieta alimentar adequada, exercício físico e exposição solar. A adequação da suplementação deve ser adaptada a cada indivíduo e à sua situação específica.

 

Referências:

- Holick, M.F. Vitamin D deficiency. N Engl J Med; 357:266–81, 2007.

- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19346976

- Holick, M.F. Vitamin D: Importance in the prevention of cancers, type 1 diabetes, heart disease and osteoporosis. Am J Clin Nutr 2004; 79:362-371.

- Garland, Cedric F. Garland, Frank C. Edward D. Gorham.MPH, Martin Lipkin. Harold Newmark., Sharif B. Mohr.Michael F. Holick. The Role of Vitamin D in Cancer Prevention. Am J Public Health. 2006 February; 96(2): 252–261.

- http://www.HealthCentral.com/rheumatoid-arthritis/c/38/33012/Vitamin

- Declaração Portuguesa da Vitamina D - http://www.spmi.pt



Inserido em: 2013-07-19 Última actualização: 2013-08-07

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Autores > Cláudia Maranhoto
Nutrientes Essenciais