O talco é um mineral do qual se extrai um pó comummente utilizado na higiene e cosmética como absorvente da humidade corporal, para evitar a fricção na pele, em produtos infantis, em champôs secos, em diversos produtos de maquilhagem, desodorizantes e como aditivo em diversos produtos domésticos com adição de fragrâncias artificiais.
Algum talco, na forma como se apresenta na natureza, contém amianto; no entanto este tipo já não é utilizado em produtos de higiene pessoal há algumas décadas, embora ainda coloque em risco os profissionais da extração deste mineral e outros em contacto direto com a fibras de talco de forma contínua e prolongada pelas vias respiratórias, mucosas e contacto com a pele.
Porém, as preocupações com o uso do pó‑de‑talco continuam, particularmente quando é usado de forma habitual e regular nos órgãos genitais femininos e inalado por bebés ou em qualquer idade.
Nos últimos anos várias acções judiciais têm chegado ao tribunais norte‑americanos responsabilizando especificamente o pó‑de‑talco da Johnson & Johnson como causador de cancro do ovário, tendo a empresa já sido condenada em várias ocasiões a pagar avultadas indemnizações às vítimas ou famílias das vítimas da doença, das quais uma no valor de 55 milhões de dólares em St. Louis a Gloria Ristesund (utilizadora deste produto durante 35 anos consecutivos), outra no valor de 417 milhões de dólares em Los Angeles a Eva Echeverria que usou pó‑de‑talco durante cerca de 50 anos e ainda algumas mais no valor de 110 milhões de dólares e 70 milhões de dólares (ambas no Missouri).
A Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro—International Agency for Research on Cancer—(http://www.iarc.fr) classifica o uso perineal do produtos com talco como "possivelmente carcinogénico para humanos".
As principais alternativas ao pó‑de‑talco são os amidos sem glúten como milho, arroz, araruta e mandioca e também a argila branca (superfina), também designada caulina. Todas têm consistências e aparências em tudo semelhantes ao talco. Outras opções menos utilizadas incluem a farinha de aveia e bicarbonato de sódio.
Os amidos mencionados são isentos de aromas e em forma de pó fino muito indicados para a aplicação na pele de bebés para prevenir e tratar assaduras, vermelhidão, absorver a humidade, apaziguar queimaduras solares, hidratar a água do banho de imersão, eliminar odores e podem ser usados como champô seco tanto no cabelo humano como no pêlo dos animais. São também adequados para picadas de insetos, bolhas na pele, irritações e alergias cutâneas, bem como preventivos de pé‑de‑atleta. Em cosmética caseira são utilizados, por exemplo, na elaboração de pó facial translúcido com a função de minimizar a aparência de poros dilatados, reduzir o brilho e prolongar a duração da restante maquilhagem, em blush e em pó bronzeador.
A argila branca em pó fino é um mineral com pH muito próximo do da pele e sem aroma com efeitos purificantes, suavizantes, calmantes, anti‑inflamatórios, anti‑bacterianos, cicatrizantes, revitalizantes e desintoxicantes que pode ser usada de forma segura mesmo em bebés por via interna e externa como agente emoliente, absorvente de toxinas, adsorvente em diarreiras e demais desequilíbrios digestivos, nomeadamente intestinais onde promove uma microbiota saudável por inibição de bactérias nocivas no intestino e consequente melhoria na absorção de nutrientes ao actuar como catalisador da energia dos alimentos na conversão em energia.
É de igual modo bastante eficaz a remover o excesso de hidrogénio no organismo, o que liberta espaço para o revitalizante oxigénio, em erupções cutâneas, prurido anal, assaduras, afecções das mucosas, bem como em higiene e cosmética em forma de desodorizantes, pasta dentífricas e champôs secos, reguladora da humidade da pele, exfoliante suave para peles sensíveis, máscaras caseiras de limpeza facial para afinar o grão da pele, tratar o excesso de produção sebácea do rosto sem desidratar nem comprometer os lípidos naturais ao mesmo tempo que combate o acne e favorece a uniformização da tez.
Ambas as alternativas descritas não provocam reacções adversas (salvo alergias, intolerâncias alimentares frequentemente provocadas por um sistema imunitário comprometido ou contaminações por pesticidas agrícolas e afins) nem bloqueios dos poros, são bastante económicas e sempre disponíveis no mercado, apresentado ainda a vantagem de serem comestíveis, ideais para aplicação na pele, órgão que permite a imediata absorção para a corrente sanguínea.
Referências:
http://edition.cnn.com
www.health.com
www.drugs.com
www.washingtonpost.com
http://www.wildturmeric.net/
http://healthynews24.com
http://www.doctoroz.com
Inserido em: 2018-06-22 Última actualização: 2018-06-22
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Alternativas Ecológicas
Autores > Ana Soares